domingo, 2 de agosto de 2015

Só queria reclamar que...



Vocês já perceberam que só faltam quatro meses pro ano acabar? 2015 tá passando muito rápido, por isso não consigo dar conta das coisas que tenho que fazer todos os dias. Alguém no facebook já fez a piada de que “agosto é o mês do desgosto”? Porque eles não perdem tempo srrsrsrsr. Hoje é um daqueles domingos de muita bad, em que eu só quero ficar sozinha no meu quarto, ouvindo R.E.M, tomando Nescau, sem ninguém me incomodando, pensando em como eu sou otária/troxa/burra.

O que eu fiz no primeiro dia do mês? Vejamos. Briguei com meu namorado, deixei meu gato ficar lambendo meu pé porque fazia uma cócega gostosa, saí com uns amigos a noite pra um bar onde posso encontrar todas as pessoas da faculdade, saí pra outro bar que todo mundo paga pau, mas achei bem do ruim, e por incrível que pareça fui cortejada por algumas pessoas, que coincidentemente elogiaram meu belo sorriso. Acho que é esse o efeito que o álcool causa nas pessoas. Um exemplo é que quando meu namorado me pediu em namoro estava bêbado. Acho que ele fica bêbado todos os dias pra poder namorar comigo durante esse quase um ano. Porque como seria possível alguém se interessar pela minha pessoa estando em sã consciência não é mesmo, migos?

Sou uma pessoa assustada, com complexo de inferioridade e com um nariz horroroso. Tenho medo de algumas pessoas. Não tenho assistido televisão. Ando distraída pensando na morte da bezerra, ou perdendo a atenção pra observar o que as pessoas estão fazendo na rua, não é atoa que todos os dias, quando desço do ônibus pra ir pro estágio, eu tropeço na mesma pedra, que fica sempre na mesma calçada pela qual eu passo TODOS OS FODIDOS DIAS DA SEMANA. Não tenho noção de localização.

Quando vim morar em Maceió tive que sair da academia, o que foi uma tristeza, pois, já tinha ouvido do meu instrutor que já estava tendo resultados. E por incrível que pareça, eu gostava de malhar.  Não tenho mais dinheiro ou tempo para a academia, mas tudo bem, pois passou a vontade de levantar da cama e ir; me acomodei; uma pena, visto que, segundo alguns amigos da família, emagreci, e estou “magra demais, muito feia e estranha”.

O chuveiro aqui de casa está com defeito, não consigo lavar o cabelo porque a água sai muito fraca. Se alguém me encontrar na rua e ver que meu cabelo está mais oleoso que a cara de um adolescente de 15 anos cheio espinha, saibam que são problemas domésticos.

“Luiza, se você tivesse condições financeiras, onde você estaria agora?” Em algum país de língua espanhola, com certeza.

“Essa geração não quer trabalhar. Ganharam tudo dos pais”. Quando alguém me diz uma coisa dessas, lembro dos dois meses que trabalhei em uma empresa com um chefe burro e ignorante do caralho, que queria saber mais do que todo mundo e não sabia de porra nenhuma, que humilhava os funcionários, e que me demitiu porque precisei ir ao médico.

Vamos dizer que ela “não aguentou o tranco, pobrezinha, muito mimada”. Já dizia Cidade Negra, você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui, querida. Inclusive, hoje, estou disposta até a fazer faxina. Inclusive adoro Cify cremoso, passo sempre no fogão aqui de casa

Fico quatro horas do meu dia no estágio e quando não estou lá, penso em formas de ganhar mais dinheiro. Algo me fez ser ambiciosa, quero ganhar o Nobel. Ou apenas arrumar mais um emprego. Nunca fui livre. Sempre dependi de alguém. Sempre precisei dar explicações, dizer onde estou, com quem estou e até que horas vou ficar. Hoje, pela primeira vez, posso fazer o que eu quiser, a qualquer momento. Desde que não dependa de dinheiro, porque isso é algo que eu realmente não tenho.

Pra finalizar, só queria dizer como eu odeio ir ao centro de Maceió e ter que andar naquela calçada dos pontos de ônibus, fico feito barata tonta e as véia não saem da minha frente, sempre tem alguém entregando panfleto de exame de vista grátis, e quando os ônibus chegam é uma babilônia infernal. Obrigada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário