sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Sobre protestos e estágios

Creio que pelo título do texto, muitos “zé amo textão polêmico nas internetz num tenho louça pra lavar” vieram até aqui só pra ver se ia ter muitas críticas políticas sobre protestos e blá blá blá, mas perderam a viagem porque não vou fazer isso. Mas confesso que o título foi proposital, pois nós do mundo dos business bloguero tem que ser muitos dos esperto (eu sei escrever direito, só não consigo não falar do mesmo jeito que falo twitter, ces me perdoa).

O que eu quero falar hoje, é sobre como foi maravilhoso meu dia na capital mcz com o bendito protesto de hoje na Fernandes Lima. “Cara, quem quer saber da sua vida?” Oh num sei se você já percebeu, mas tudo que tem nessa merda, fala da merda da minha vida, mesmo que indiretamente, então shiiiiu.

Então, hoje seria meu primeiro dia no novo estágio, e tinha que estar no local às 8:00 horas, peguei o ônibus perto do terminal de boas e já peguei lotado, quando chega na metade do caminho, ouço alguém falando no telefone que um amigo viu na TV que havia um protesto de estudantes e vigilantes da rede estadual bloqueando a Avenida, em frente ao CEPA. Imediatamente pensei “puta que pariiiiiiiiiu). Mas o que eu poderia fazer não é? Ia chegar atrasada no primeiro dia de estágio sem ainda estar com os papéis assinados, mas tá de boas.

Ônibus lotado, parado, a linda que vos fala suando mais que gorda dançando zumba, não poderia ficar melhor. Mas em meio a tudo isso, conheci alguém muito legal. Renata. Renata ligou pra sogra, D. Zélia, pra avisar que chegaria atrasada em algum lugar, e aproveitou pra falar sobre a Iara, que é sua cunhada, e não sabe educar o filho, Vinícius. Renata aproveitou pra reclamar do protesto, com as seguintes palavras “Isso acontece porque o povo é burro, é esse governador que o povo votou, filho de peixe peixinho é, e ele bebe viu menina? Bebe tanto nesse mundo” E creio que D. Zélia tenha respondido “Por isso” Fiquei sem entender. Renata desligou o telefone, e ligou pro marido, filho de D. Zélia, o qual chama de “bê”, por isso não sei seu nome, então usarei o codinome para me referir ao dito cujo. Renata explicou sobre o protesto, perguntou pelo filho, João, e disse que estava muito bem disposta depois de ontem, nem quero imaginar o que ela quis dizer com isso, só sei que pelo sorriso dela, hoje deve se repetir. Que ótimo, Renata, fico feliz por você e pelo Bê, adorei te conhecer e saber da sua vida assim tão profundamente.

Bom, já eram 08:20, e eu com o cu na mão imaginando a má impressão que ia passar me atrasando desse jeito no primeiro dia de estágio, o ônibus parado há 30 min no mesmo lugar, vi que o jeito seria descer e ter que ir andando. Tive que descer na Casa Vieira e ir andando até o Colégio Marista, quem é de Maceió sabe que eu iria passar bem uma hora andando, mas não tinha outro jeito. Estava usando uma sapatilha que ganhei do boy, que é muito mara beauty linda, mas tava apertando meu pé, me fodi mais ainda.

No caminho, devo ter aparecido em umas 120 fotos e uns 1234 vídeos, ainda ao passar por um ponto de ônibus, passa um senhor de bicicleta e grita: “Tá vendo aí? Culpa de vocês, eu disse pra não votar na Dilma”. Aí fiquei sem entender, a culpa é nossa, da Gilma, ou do governador porque ele bebe muito? Tô confusa.

Ainda passo por uma senhora, que vem brigando com o marido e os filhos, quando diz a seguinte frase: “E A GENTE VAI DE QUÊ??? MONTADO NA PICA DO JEGUE???”. Bem, fiquei um pouco constrangida (mentira, ri foi bem muito).

Já quase morrendo de sede, calor, cansaço e dor nos pés, resolvi parar em um supermercado do qual não posso falar o nome, pois estaria fazendo propaganda e nesse business propaganda só pagando, colega (foi no Unicompra) pra comprar uma água, mas a vadia não tava no caixa e eu não podia esperar porque já estava muito atrasada. Resolvi seguir meu caminho e ser forte, já estava chegando. Bom, cheguei exatamente às 09:30, toda suada, com cara de morta. Ainda bem que todo mundo entendeu e etc.

Mas agora sobre o estágio, vou falar pra vocês que apesar de toda a confusão, o cansaço, valeu muito a pena ter ido, só em um dia já aprendi muita coisa e to muito empolgada, é muito bom pela primeira vez sentir que to fazendo algo que eu gosto.

Mas ao sair, não poderia ignorar o fato de estar muito cansada, ter que esperar o ônibus num sol infernal, ainda ter que ir na faculdade, ir o caminho todo do lado do sol no ônibus, estar com o pé ferido, e morrendo de fome. Fui almoçar no restaurante da faculdade e acho que as tias que servem a comida poderiam ter ficado cegas com o brilho que saia dos meus olhos ao ver tanta comida na minha frente. Tinha um pirão muito do gostoso, e a tia colocou 2 PEDAÇO DE CARNE no meu prato, eu acho que eles adivinharam, foi o momento mais feliz do dia senhor obrigada.

Enfim, depois ainda tive que andar mais porque nada naquela UFAL fica perto, ainda dei viagem perdida porque tinha coisa faltando nos documentos, cheguei em casa e fui correndo esquentar água pra colocar os pés. Esse foi meu dia de muita sorte, pra nunca mais eu reclamar de morar no interior, onde nada disso acontece (porém prefiro mil vezes morar aqui mesmo). Acontece, mais tarde vou ver o mozi, e quem sabe tentar entender o que tanto a Renata fez que acordou tão bem disposta hoje rsrsrsr (mentira vocês num acredita nas merda que eu falo). Tchau.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Não é você...

Seguinte, digamos que eu tenha uma teoria. Se você tá comendo uma torta muita da gostosa, daquelas que você passa todo dia em frente à padaria que fica na esquina da sua rua, e fica olhando igual ao Chaves olha pra um sanduiche de presunto, você vai pensar: “Ah, essa torta é gostosa demais pra mim, eu não mereço tanta cobertura assim, e esse recheio MARA (rsrs), eu sou muito problemático, não sou digno de tal especialidade culinária, melhor seria deixá-la aqui quietinha na geladeira para que outra pessoa, melhor do que eu, venha até a mesma e a coma, porque o problema não é com ela, ela é boa demais, o problema é comigo”? Acho que não né? Porque eu mesma, se to comendo algo gostoso eu como é tudo pra ninguém mais comer, e se não aguentar comer tudo na hora, eu escondo o resto pra ninguém ver e eu poder comer depois, confesso.

Eu penso desse mesmo jeito quando alguém termina um relacionamento com a famigerada frase: “O problema não é com você, o problema sou eu...”. Não deve existir alguém na face da terra que deva achar isso algo gentil, só pra não ouvir que é chata, que usa roupas estranhas, ou que engordou, é lógico que você vai saber do mesmo jeito que o problema foi você, só por ser você. Não existe isso, ninguém termina com alguém porque a pessoa é boa demais.

Deve ser por isso que eu vejo cada vez mais as pessoas desacreditando nos sentimentos (sim, eu também falo de sentimentos) mais bonitos e mais daora dessa vida. Parece que ninguém mais se importa com ninguém.

Se você diz que gosta de alguém, hoje em dia, não seria um motivo para aproximações, e sim para respostas como: “ainn vai pra lá com esse papo, to fora” “ainn é que eu já sofri demais com essas coisas, não quero passar por isso de novo”, parece até uma vingança com alguém que não tem nada a ver. As pessoas inventam histórias como se estivessem lidando com crianças recém-nascidas. Se a sua vontade é ir embora e nunca mais ligar, então que seja dito, não algo como: “Ah eu acho que você gosta mais de mim do que eu de você.” Isso é uma das piores coisas de se ouvir.

“Olha só, você é uma ótima pessoa, o problema realmente é comigo, não com você” Mas é lógico que o problema é com vocês que dizem uma coisa dessas. Custa dizer que cansou? Que não quer mais nada? Não to dizendo que ninguém é obrigado a gostar de ninguém, não existe um contrato pra isso, também não existe ninguém perfeito, nem quem erra mais ou menos, mas existem os erros e os acertos, não custa nada ser real na hora de dizer “tchau”. A vontade de não machucar só machuca mais.

Eu tento sempre ser mais prática, se a pessoa não queria beleza, coloco o rabo no meio das pernas e sigo em frente, sem dó de mim mesma. Ninguém é obrigado a passar tempo com quem não quer. É mais honesto dizer “eu quis, ele não quis e estou triste, uma hora isso vai passar”. Conhecer pessoas novas seria o melhor remédio. Não acredito na ideia de que um novo amor não cura outro, lógico que cura, as pessoas deveriam se permitir mais, acreditar mais, sempre há alguém melhor no futuro.

Imaginemos um mundo ideal com mais maturidade mútua…

- O problema foi seu mau humor incorrigível por isso acho bem difícil seguir em frente. Não sou muito diferente de você, portanto já basta o meu mau humor me pesar. Não lido bem com o seu.

- Obrigada por me dar esse toque, vai ser bem duro daqui pra frente, mas fico feliz que até agora pudemos viver bons momentos.

Por mais cruel que seja, existe o fim da vontade de ligar, de conversar, de perguntar se está tudo bem, existe o fim, não existem desculpas. O que não deve existir é essa falta de respeito com as outras pessoas.

O bom é sempre valorizar, valorizar quem te pede pra avisar quando chegar em casa, valorizar quem transa com você e te entrega o corpo, valorizar quem diz que gosta de você, é tudo uma questão de valorizar o que realmente importa na vida: as pequenas coisas. Não tem porque ver como possessivo alguém que te pede pra avisar quando chegar, é só alguém que se preocupa, não adianta nada ver tudo com olhos egoístas.

Vocês deveriam saber que existe amor dentro das pessoas, mesmo que seja difícil.

Eu consigo entender quando alguém diz que não confia nas pessoas, que todo “eu te amo” “eu gosto de você” é falso, que não quer relacionamentos futuros por traumas do passado, eu só não concordo, porque as pessoas não são iguais, vão existir aqueles que vão te machucar com coisas do tipo “Não é você, sou eu”, e aqueles que vão ser sinceros com você, porque nós sempre enxergamos um fim, e realmente, muitas vezes terão um fim, mas vai chegar o dia em que vai ser pra sempre, ou tão duradouro que terá um sentimento de eternidade.

Bem, o que eu quero dizer com isso? Que eu sou uma filha da puta cheia de mimimi? Sim, eu acabei de me entregar, mas todo mundo tem dessas. O que eu quis dizer também, é que se cada um respeitasse mais o outro, o sofrimento seria menor, o que não é nada muito difícil de deduzir, com tanto egoísmo, tanta intransigência, e tanto “não é você, sou eu”, vocês estão matando o que de melhor nós temos (aí vocês pensa o que é, que vocês sabem, num sou empregada de ninguém não).

Se permitam, conheçam novas pessoas, tentem ser felizes, não se prendam, faz bem ao coração e à alma.

Cabô a autoajuda, desculpa, lê quem quer, adeus.