terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Tal mãe, tal filha...

Comecemos a falar sobre um personagem deveras importante da minha família: Minha mãe, mais conhecida como Minha mãe mesmo, num vou dizer o nome dela. Para os seguidores do saite tuinter, esse é um personagem muito cruel, sanguinário e estressado. Mas não é assim sempre. Só que eu só falo dela no twitter quando ela tá puta, porque só nessas horas ela é engraçada. Nossa relação não é lá das melhores, e acho que acabei descobrindo o motivo só agora, onde vou contar-lhes com detalhes mesmo sem vocês quererem saber.

Família tem dessas coisas né? Você não consegue conviver com alguém tanto tempo sem desentendimentos, discordâncias... Eu moro com mais duas pessoas há apenas 2 meses e nós já discutimos por causa de margarina, vê-se por aí... Mas durante 19 anos morando com minha mãe já rolaram discussões tão absurdas, que só agora, depois de um tempo longe dela comecei a pensar sobre isso. Eu nunca fui muito fácil, minha mãe também nunca teve muita paciência. Lembro que a maioria de todas as discussões tinha por motivo o fato dela não aceitar que eu fosse tão tímida, calada, e pateta.

Moro com dois homens, o que por obviedade se supõe que se eu não fizer nada, a casa fica uma imundice. Não que eu seja lá muito organizada, mas aprendi que passar duas semanas sem jogar o lixo da cozinha pode causar um transtorno horrível, e que se eu não o jogar, ninguém mais joga. Então, esses dias fazendo uma faxina, percebi como fico feliz quando fico sozinha apenas por poder arrumar a casa em paz. Poderia ficar feliz em estar sozinha pra poder andar nua pela casa, fazer umas festa, chamar o latino e fazer uns bundalelê com birita até o amanhecer (mas isso seria impossível, pois não tenho dinheiro pra comprar biritas), mas eu fico totalmente realizada quando todo mundo sai e eu posso varrer a casa sem ninguém pra abrir janela e espalhar o lixo, lavar a louça sem ninguém botar mais prato sujo, passar pano sem ninguém pra pisar e ficar manchando a casa toda, lavar o banheiro sem ninguém pra fazer a barba e deixar um monte de pelo na pia, ai meu Deus, só de pensar já me dá uma felicidade imensa. Assim como minha mãe ficava quando a gente não tava em casa pra atrapalhar a faxina dela. Se a gente chegasse em casa no meio da faxina, ela ficava estressada só com o fato da gente chegar. Eu sempre tinha em mente que quando eu não morasse mais com ela, não ia ligar em arrumar casa, não ia ser tão preocupada com isso, mas estava bem enganada. Percebi isso e fiquei assustada. A diferença é que eu arrumo a casa ouvindo Pink Floyd, ela arruma ouvindo Pablo.

Fiquei pensando em todas as nossas discussões, e em como eu não aceitava que ela falasse tão alto comigo, que ela fosse tão estressada, então sempre quis falar mais alto. Acho que sou calma, controlada, até o momento que meu irmão me pede um favor que eu não posso fazer, e ao invés de só falar que não e os motivos, falo: PUTA MERDA, AGORA NÃO DÁÁÁÁ, ME DEIXA TÔ LOCAAA, e me irrito quando ele fala: “calma, vai chorar é? parece a mainha” É que minha mãe tá falando normal com você, é o jeito que ela fala, mas você sempre pensa que ela tá brigando.

Talvez o motivo da senhora de nome minha mãe implicar tanto comigo, seja por ela querer que eu seja igual a ela, não percebendo ela que eu já sou igual a ela, e só ela não percebe e deve estar longe de perceber. Talvez eu não seja tão boa quanto ela, talvez eu não arrume uma casa tão bem quanto ela, e vá lá talvez não tenhamos tantos aspectos parecidos assim, mas venho pensando a cada dia que talvez o motivo de sermos tão diferentes é que somos bem parecidas (nossa, que complexo rsrsr).

Não falo de ficar feliz em estar só pra arrumar a casa, ou ser nervosa sem motivo, foram só exemplos pra tentar ser engraçadinha e falhar na missão, são coisas maiores me fazendo ver que a cada dia eu fico mais parecida com ela, e nem sei se isso é bom.

Sim, ela é estressada, mas às vezes eu a entendo tão bem que relevo. Nossa relação não é lá das melhores, talvez, porque eu seja mais parecida com ela do que eu imagino, a falta de paciência que uma tem com a outra é absurda, mas depois a gente finge que nada acontece e segue em frente, amor é isso.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Burlando o sistema e morrendo de diabete

Morrerei de diabete aos 22. Sejamos positivos, ainda tenho 2 anos.

Essa frase refere-se ao café horrível e extremamente doce que fiz hoje. Não nasci pra ser dona de casa.

Porém, a grande verdade é que vou morrer de câncer no cérebro, de tão ignorante que sou. Tanta burrice não pode passar sem causar nenhum dano ao meu organismo.

Acabei de decidir que não vou terminar a graduação, vou vender brincos na praia, é isso! Vou até comprar um CD do Ventania e um baseadinho para ir me adaptando.

Eu deveria era comprar um livro de culinária, casar e ter alguns filhos, não pensar em carreira profissional. Eu seria uma boa esposa... Ah, quem eu quero enganar. Mataria meu marido após o ato sexual e o comeria. Mentira.

Se eu resolvesse me matar hoje, de acordo com Durkheim, eu estaria incluída no tipo de suicídio chamado “egoísta”, pois nada integrada a sociedade. Nesse caso eu morreria, e ainda me incluiria num tipinho de grupo miserável que é esse desses ~egoistazinho~ do caralho. Se vocês não querem me ver com ~sangue nos olho~ não vem me dizer que eu sou egoísta não, porque se tem uma raça me dá vertigem é essa. Então seu Durkheimzinho vamo voltando aí das profundeza do inferno pra achar outra denominação pro meu tipo de suicídio, pois muita pressa em realizá-lo, mas não sem antes você me fazer esse favorzinho. “O suicídio misantrópico” (e num vem me dizer que isso é sinônimo de egoísta) seria uma boa opção. #FIKDIK

2014, que ano locasso gente, ~ ainn mais como assim o ano ainda não acabou rsrsrs ~ olha vocês para com a chatisse, tá?

Digamos que meu ano só começou a melhorar de agosto pra cá, pois até julho só desilusões, desilusões amorosas, acadêmicas, familiares, copísticas (não sei se essa palavra existe, ok) rsrs. Como eu disse em outro texto, os primeiros seis meses do ano são os piores.

Esse ano eu fui à praia 3 vezes, o que é uma vitória, pois tudo que se relaciona a sol e água salgada me deixa agastada. Numa delas eu tomei banho de mar, e meu Deus, há quanto tempo eu não tomava banho de mar. Um dos motivos de eu não gostar de tomar banho de mar, além do sal, do sol (de maceióóó) e dos coliformes fecais é a preguiça e o enfado. Falemos então do azul chocante do mar, é algo anormal, parece que alguém jogou litros de Listerine Cool Mint. Por isso digo e repito, o mar foi feito pra gente olhar e ter inspiração. Só. Sentar na beira da praia, embaixo de uma barraca, tomando uma cerveja, melhor coisa.

O ano tá acabando. Meu aniversário tá chegando. Eu vou completar 2 décadas de existência. Olha só como soa: 2 DÉCADAS. Que Deus (ou o satã) me ajude.

Acho que 2014 foi um ano de grandes mudanças pra mim. Sim, percebi uma leve mudança no meu jeito de lidar com as pessoas. Chega um momento da vida que você quer deixar de ser otária né migos. Não deixei. Mas amenizei.

Comecei a trabalhar. Meu chefe era um demônio. Fui demitida. Graças a Deus.

Maio foi um mês, olha, foi um mês pesado, pois tristezas que não vêm ao caso. Junho foi o mês de parar de chorar e deixar de ser troxa, e chorar de novo por causa da copa. Julho também foi um mês pesado, pois preocupações com a saúde rsrsr. Agosto parece que foi um mês de reviravolta. Deixei um pouco de ser troxa rsrs e passei a confiar mais em mim, sem depender dos outros pra tudo, foi bom. Fiz boas escolhas. Conheci alguém, dei uns beijo, e segurei pra mim. Em outubro saí da casa dos meus pais, e vim morar com meu irmão e um amigo em Maceió, daí já começam as aventuras. Tipo cozinhar feijão, tipo lavar roupa, tipo comprar banana, tipo chorar pela minha mãe ao acordar morrendo de cólica achando que o útero vai descer pela vagina. E tipo ter que dar meus pulos pra economizar dinheiro, porque vou dizer a vocês, viver nesse sistema burguês é muito caro, por exemplo, vocês sabiam que uma dúzia de ovos (pra quem não sabe são 12 ovos) custa 4 reais e cinquenta centavos? Minha gente, isso é um absurdo. Sem falar nas passagens de transporte pra ir pra faculdade, o que dá 25 reais por semana. Assim não sobra nem pra cerveja do findi.

Mas nessa vida de cidade grande já encontrei um jeito de burlar esse sistema e economizar na passagem. Vamos lá para o tutorial de como não pagar a passagem do ônibus: Eu pego o ônibus bem perto do terminal, ou seja, poucas pessoas estão no ônibus, quase ninguém pagou ainda, desço uns três pontos depois, assim não dá tempo de subir muita gente. Colega, mesmo tendo o dinheiro trocado, pego uma nota grande, tipo 10, 20 reais e vou pagar, nunca tem troco, assim eu vou de graça rsrsrs. Hoje não funcionou pois certeza que aquele cobrador que parece o Wesley Snipes do Forene/Trapiche das 11:00 já me marcou. Além de me dar o troco trocou minha única nota de 20, agora vou ter que pagar passagem até a semana que vem.

Semana passada tive a experiência de ir pela primeira vez a um: RODÍZIO DE PIZZA. Eu comi tanto que tive que subir no ônibus pela rampa de deficiente, e ainda assim foi difícil. Parecia pinto no lixo. Também né migos, comendo pão com ovo todo dia...

Depois que me mudei da minha super cidade interiorana as coisas melhoraram bastante (para o pessoal, o capital anda bem mals).

E sobre esse ano, aprendi a não me expor tanto, a falar pouco, jamais opinar em assuntos babacas e principalmente a não puxar conversa com desconhecidos.

Hoje não levanto bandeiras, não defendo nada. Só quero passar sem ser notada. E quando você inflar o peito pra dizer que leu isso ou aquilo não quero nem me dar ao trabalho de fazer aquela cara de nojinho. Eu não quero esse tipo de papo, essa vaidade intelectual me dá câncer.

Um pouco de hipocrisia, claro. Tenho um blog e escrevo a minha opinião sobre diversos assuntos, mas sempre de uma forma sincera (Há!) e sem ares de trabalho acadêmico. Não pense que quero me fechar, eu também sinto fascinio pelos outros.

O bom é agir com naturalidade, sem precisar provar nada a ninguém.

E se você faz parte do grupo de pessoas que me odeia, acha que sou pedante, uma retardada mental, vá tomar no meio da sua tobinha e não vem encher o saco.

E se 2015 puder ser só uma continuação do que vem sendo 2014 de agosto até aqui, mas sem meu aniversário e com dinheiro, eu ficaria levemente feliz.

Adeus.


quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Almost Famous, Cachorros e Pasárgada

Não sei sobre o que pode ser esse texto, só abri o Word e comecei a digitar, sem nada mesmo na cabeça, uma coisa natural, já que eu não tenho nada mesmo na cabeça.


Tenho tanta coisa pra estudar, tenho vontade de ler um monte de livros, mas quando deito aqui nessa cama, em frente a esse computador, esqueço do mundo, e acabo me atrasando em tudo. Ultimamente tenho tido uma curiosidade maior sobre o golpe de 64, baixei livros, fiz pesquisas, procurei filmes, mas tudo isso vai ficando pra trás graças a minha facilidade de distração. Tenho tanta coisa da faculdade pra fazer, pois, se engana quem pensa que as gentinha de humanas não faz nada, mas aproveitei o dia pra assistir Almost Famous e Guerra ao Terror no Netflix, inclusive, sobre isso, uma coisa bem legal:



Vocês não sabem (nem querem saber porra nenhuma, né), mas eu tenho uma porrada de texto (ruim) escrito e guardadíssimo neste meu computador que vive dando pau, e venho pensando, lendo outros blogs, e quase que me intimando: ai Luiza, você tem que escrever umas coisas mais inteligentes, fala sobre as eleições, sobre a fome na África, fala mal do PT, fala sobre a existência, a criação do mundo. Mas acontece que: eu não sou uma pessoa inteligente. E ultimamente, infelizmente, vocês que me leem, estão sendo obrigados a ver essas merdas que falam mais de mim do que qualquer outra coisa, mas juro que em breve este blog voltará com sua programação normal (qual mesmo?).


Tenho pensado muito em como seria minha vida se eu morasse sozinha, e a primeira coisa que pensei foi que, com certeza, eu teria um cachorro.


Minha mãe é uma pessoa muito má. Mentira. Ela só não me deixou ter um cachorro. Nem qualquer outro tipo de animal. Eu, meus irmãos e meu pai já tentamos até ter um macaco, mas minha mãe não gosta de animais. Tenho 19 anos e ainda alimento a vontade de ter um bicho de estimação. Frustração? Talvez.


Já falei aqui que sou uma fracassada? Queria fazer uma postagem legal, mas não consigo, então, como de costume, escreverei várias idiotices etc.


Já falei aqui, também, em outro texto, que pior que a vida, é a falta dela. A falta de vida é muito difícil. Mas é que tem tempos em que tudo dá errado, desilusão acadêmica, falta de dinheiro e doenças em geral. Fora os indivíduos desagradáveis com os quais sou obrigada a conviver. Segunda pensei que não conseguiria sair ilesa da aula, pois o chato da turma estava discutindo com a professora porque ela, simplesmente, fez uma coisa horrível que nenhum professor de Sociologia faz: nos mandou ler Durkheim e Marx. Meu Deus, como ela pôde??? Mas eu fico mais feliz quando ele atrapalha a aula pra falar mal de índio só pra provocar o cara que trabalha com índios. Seria mais difícil de compreender se não desse pra sentir o hálito de álcool que se propaga pela sala quando ele abre a boca. Ou talvez, seja só minha TPM. Mas as consequências implicam o consumo exagerado de dorflex, umas doses do whisky caro do meu pai que roubei no fim de semana (pois muito rebelde inconsequente), e muito The Smiths (inclusive, I Know It’s Over rodando na vitrola neste exatíssimo momento, obg #chorosa).


Tem chovido muito esses dias, e eu amo tempos assim, amaria muito mais se pudesse ficar em casa tomando um vinho, e lendo todos os livros sobre a ditadura que baixei, poderia também ter um cachorro, ele dormiria bem mais nesses dias, no meu colo, e eu seria plenamente feliz dessa forma.


Fim de semana chegando, vou-me embora para Pasárgada. Com Pasárgada leia-se festinha dos migo na praia. Lá não sou amiga do rei, mas eles têm quantidades consideráveis de bebidas alcoólicas. Precisa mais?


domingo, 20 de julho de 2014

Um texto pra ser lido em 2018

Para o meu eu do futuro, eu peço desculpas, se, às vezes, neste mesmo blog, eu fugi do objetivo principal do mesmo, que é ver como eu pensava no passado. Desculpa se, às vezes, eu pensei mais nos leitores do que em você, essas coisas provavelmente nem vão te interessar muito. Esse texto, então, vai pra você.

Uma das questões é: eu tento ser uma pessoa perfeitamente racional na maior parte do tempo. Na maioria das vezes falhando miseravelmente. Digamos, então, que eu não seja perfeitamente racional o tempo todo, mas racional o suficiente perante os padrões que a sociedade nos exige. Exceto em raros momentos, divididos em três: quando alguém me irrita, quando eu me relaciono com aquilo que é consenso acerca de “amor”, e quando tenho que tomar decisões.

O primeiro ocorre tão raramente que eu nem me importo muito. É impossível não ficar puta com a minha vida de vez em quando.

E isso também não é uma peculiaridade minha – todos nós temos nossos infernos astrais, psicológicos e neuroses. É o que nos torna humanos pensantes.

Mas a relação com o amor é bastante complicada. Não precisa ser necessariamente eu estar apaixonada – muitas vezes não consigo sequer chegar a esse estágio -, mas quando o amor aparece no pensamento, nem que seja num distraído e inocente pensamento, já começa a complicar. Quando eu passo a ter “segundas intenções”. São pontuais esses casos, ocorrem com intervalos que tendem a anos, mas ocorrem.

Todas essas situações me trazem arrependimentos. Não que eu seja “contra o amor”, mas a minha postura em todas essas situações, por ser emocional, foi errada. Ou melhor – foi muito abaixo do que seria se eu fosse mais racional.

Existe, por último, mas não menos importante, pelo contrário, todos os momentos em que tenho que tomar decisões.

Eu preferia morrer a ter que tomar decisões (na verdade, eu preferia morrer a fazer muitas coisas na minha vida).

Mudo de emprego pra fazer o que amo ou fico no que paga mais? Faço uma viagem ou compro um carro? (se eu tivesse uma dúvida dessas no momento, eu tava era muito feliz rsssrsr) Jogo tudo pro alto ou permaneço segura onde estou? Caso ou compro uma bicicleta? (gente, quem preferiria casar a ter uma bicicleta???? A não ser que você fosse casar com o Sílvio Santos, aí você poderia ter quantas bicicletas você quisesse né).

Me vejo numa sinuca de bico (rrssrsr amo falar esses bordão) quando tenho que escolher entre duas coisas das quais eu tenho certeza que são boas pra mim, ou das quais eu não tenho absolutamente certeza nenhuma. Não sei qual das duas situações é a pior.

Existem aquelas pessoas que ficam horas dentro de um provador de roupas olhando pra duas cores de camisa e saem de lá sem nenhuma (ou com as duas!) porque simplesmente não conseguiram escolher (eu). Existem aqueles que passam a vida em um emprego medíocre porque não conseguiram tomar a decisão de arriscar quando outra oportunidade surgiu (pode ser eu no futuro). Existem pessoas que se atrapalham todas nos relacionamentos porque não conseguem saber quem realmente desejam ter a seu lado, seja como amigo ou namorado (bem...).

Seria ótimo se a vida sempre nos mostrasse uma seta indicando o melhor caminho a seguir, mas não é e nunca será assim. Existe muita complexidade por trás das escolhas de cada um, e é por isso que não é possível que alguém, além de você, diga o que é o melhor a ser feito, o que é injusto. Deveria existir uma pessoa na sua vida que fosse obrigada a tomar todas as suas decisões por você, daí se tudo desse errado você já saberia em quem colocar a culpa. Tomar uma decisão importante é um processo solitário que pede muita reflexão, honestidade e coragem. Cada escolha exige questionamentos próprios, por isso não há como criar uma fórmula ou mapa que garanta que você vai decidir pela melhor opção. (calma, né auto-ajuda isso não, gente)

Ultimamente, eu ando tendo que tomar algumas decisões na minha vida, e isso ta fodendo com a minha cabeça de um jeito inexplicável. E nisso, pelo menos, eu to tentando ao máximo ser racional. Só que, as vezes, tenho uns extremos de racionalidade, e me quebro em uns extremos de emoção. Assim não dá, Luiza, se controla, ô jumenta.

Mas aí, quando você pensa que já ta bom de tanta decisão pra tomar, vem uma daquelas que pode mudar o rumo da sua vida, talvez, pra sempre. Eu acho é que tá pouco de tanta escolha que eu tenho que fazer, acho era que tinha que ter mais escolha, manda mais um monteee......

Eu queria, apenas, me isentar de todos os riscos em tomar uma decisão dessas, como eu disse, ter alguém pra tomar todas as decisões por mim. Talvez, Deus, já que se acha o sabidão e tem todas as respostas, escolhe aí pra mim vai, quero ver se é tão fácil, sabendo que se der tudo errado a culpa vai ser total e restritamente sua, ô seu Jeová.

Por não saber, realmente, o que fazer, pedi opinião a alguns seres humanos, que devem ser mais burros do que eu, porque o que eu mais ouvi foram respostas do tipo: ainn segue o seu coração. Minha filha, desde quando seguir o coração é conselho bom a dar ou a seguir? Eu nem sei como porra é que se segue o coração.

Eu tento ver as coisas positivas e as negativas, toda elas ficam equilibradas na minha balança imaginária que eu poderia usar pra me pesar e ver que to gorda, e tomar vergonha na cara, e ir pra academia, e parar de tomar Danone com leite condensando 2:00 horas da manhã. E com esse equilíbrio, a única coisa que me vem na cabeça é: medo.

Sim, eu sou covarde, e nem vem com discursinho moralista de que ainn todos temos que superar nossos medos e tentar, se não nunca vamos conseguir sair do mesmo lugar e ficar nessa inércia pra sempre, porque não cola comigo. Eu sou uma covarde assumida, e ok, tenho vergonha, mas não posso mudar o fato de que sou.

Tenho medo das duas escolhas que posso fazer, ficar e me arrepender pra sempre, e ir e me arrepender pra sempre. Talvez eu esteja me precipitando, talvez seja a hora, mdssssssssss não sei o que fazer.

Eu só queria dizer, pro meu eu de 2018, que não sei se já vai estar formada em História, ou em Jornalismo, na UFAL ou mesmo nessa tal de UFRN, ou nenhuma dessas opções, talvez tenha virado mendiga, ou cafetina, mas que vai ta lá, mais uma vez torcendo pro Brasil ganhar a copa, se arrependendo, talvez, do voto da última eleição, e tentando fazer diferente na do mesmo ano. Eu só quero dizer, que independente da escolha, que o meu eu de 2014 fizer, é pensando só no seu bem, me desculpa se eu tomar a decisão errada, acho que eu mereço o seu perdão por toda essa pressão que pode me fazer mesmo escolher erroneamente. Saiba que se eu ficar, e isso acabar interferindo em algo negativo na sua vida, tente relevar, e desconte toda a raiva que você possa vir a sentir de mim em outra coisa, talvez pra ter mais força de vontade de malhar e ficar gostosa, porque se depender de mim, acho que você vai estar com uns quilinhos (quilões) a mais, me desculpa por isso também. Se eu for, e tudo acabar sendo um fracasso, saiba que eu tentei, tentei de verdade, pra que você fosse feliz, tanto profissionalmente, quanto pessoalmente, talvez pra que você fosse uma Luiza mais forte, decidida, que soubesse se virar sozinha. E se tem uma coisa que ta apertando meu coração mais que tudo, é pensar em ficar longe das poucas, mas tão necessárias pessoas que você encontrou por aqui pelas alagoas, e que pelas bandas natalinas (rsrsrs lembra como seu humor era bem fodidinho, né? Espero que pelo menos nisso tenha tido uma evolução) você nunca vai encontrar.

Enfim, é isso, deixo aqui meu pedido de desculpas, se minhas escolhas de hoje não te agradarem tanto, eu tentei. Tomara que você leia esse texto, e pense: nossa, como eu escrevia mal, ainda bem que me formei e hoje sou uma das melhores roteiristas/redatoras/escritoras desse brasilzão de meu deus, graças as minhas escolhas de 2014, e ainda sou casada com aquele jornalista gostoso e a gente é bem rico e um casal muito do famoso e gatos super top rsrsrsrsr. Se eu não for, muitos vão me chamar de covarde, e você sabe como eu sou, eu fico mal sim, com o que pensam de mim, mas espero que aí você consiga me honrar e mandar um: se fode vocês a escolha foi minha e hoje eu to feliz. E independente de ir embora ou não, saiba que dá pra tentar ser feliz com os dois, agora aí já não é mais comigo... quer dizer, até é, é comigo, com a Luiza de 2015, a Luiza de 2016, 2017 e com você; não deixem o fardo todo nas minhas costas.