Eu ouvi muito aquela música nesse dia. Tinha acabado de
baixar e era bonita demais pra não ouvi-la o dia inteiro. Eu sabia que aquele
dia seria nostálgico, e eu provavelmente associaria aquela música a esse dia
pra sempre.
Associo músicas a muitas situações, tenho desde músicas pro
cara que mais gostei até músicas pra quando to voltando da faculdade e passo
por umas cidades que não tem lá um cheiro muito agradável, com a cabeça
encostada na janela do ônibus como se estivesse fazendo um clipe (se estiver
chovendo é bem mais dramático). O interessante é que são associações
aleatórias, ou pelo menos quase aleatórias – eu nunca havia premeditado elas.
Eis que, nesse dia, por algum acaso, deitei na cama e pensei
comigo mesma “essa música será associada”.
Ouço, agora, a música e me lembro desse pensamento – não é
que eu tava certa?
O problema é que tem um detalhe não premeditado: essa
tristeza ao ouvi-la.
Percebo que, naturalmente, sou uma saudosista. Não apenas
gosto de viver bons momentos como me pego relembrando-os constantemente, e isso
faz com que ouvir essas músicas me entristeça pelo fato de o momento ter passado.
Era uma época feliz.
E eu queria de novo.
E de novo.
Além da porta
Há paz
Estou certo
E eu sei que não haverão mais
Lágrimas no Paraíso
Há paz
Estou certo
E eu sei que não haverão mais
Lágrimas no Paraíso
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