segunda-feira, 1 de abril de 2013

Nada

Minhas aulas começaram hoje, finalmente iniciei o ano letivo de 2013. Revi as pessoas com quem viajo todos os dias, sem muita felicidade. Sentada no banco, observando as pessoas tão envolvidas em seus próprios pensamentos. Alguns lendo, outros ouvindo música, alguns com os olhos vidrados nas janelas. Todos absortos. Estava observando-os. E prestando atenção nos outdoors que havia pelo caminho. A rotina entediante vivida pelos passageiros me entretinha... No ônibus sento sempre na sexta cadeira, do lado da janela. Hoje tinha gente ocupando meu lugar, mas não tive coragem de pedir pra pessoa sair, eu sou assim.

Distância maldita que não deixava as minhas pernas, que estão longe de serem pequenas, se acomodarem.

Lá vou eu, na “cidade grande”... ó céus... saí do ônibus. Vira a esquerda, segue o agradável aroma do Salgadinho, atravessa, vira a direita... contorna os carrinhos de doces e a multidão das filas pra postos de saúde... Vejo uma velhinha de cabelo vermelho, vejo suas unhas enormes de 11 centímetros, esmalte vermelho paixão. Janis cantando 'hush, baby, baby, baby, baby, baby, no, no, no, no, don't you cry, don't you cry!' no meu celular. Um garoto de uns 13 anos tentando impressionar uma garota, a postura, e os gestos... na minha cabeça 'WTF? WTF? WTF?' até que eu começo a rir... sim, nada com coisa nenhuma... avista uma fachada acabada e com uma árvore derrubada, ah, cheguei.

“Mal amo a mim mesmo e aqueles que digo amar...” Gostei disso. O amor é muito imperfeito, mas se um dos mandamentos é para amar o seu próximo, vejamos assim: não desejar que os inimigos vão todos para o inferno, já é amá-los num certo sentido. Ou não?

Estava inventando situações na minha cabeça, como de costume, quando surgiu algo que nem era inventado, lembranças, se desse pra simplesmente apagar umas coisas da memória era mais fácil... Ficaria só no “imaginar”.

Sei que essa não é a linha de textos que eu costumo publicar, mas vez ou outra dá vontade de postar umas loucuras que passam pela minha cabeça... não precisa de pesquisa, só colocar pra fora e já que eu tô sem computador é mais fácil. Voltar a rotina da escola, me fez pensar em tudo que eu fiz no meu dia, e o que eu mais faço é observar o comportamento dos outros e pensar. E escrever coisas aleatórias e sem sentido, como isso.


É o tipo de coisa que daqui a um ano eu vou reler e achar um sentido, por agora não sei a quê associar.

Um assunto não tem nada a ver com o outro, mas vim falar, também, é sobre a grande inveja que eu sinto de algumas pessoas. Eu admiro pra caralho pessoas que sabem, simplesmente sabem, que são capazes de falar sobre qualquer coisa. Que sabem falar sobre o que sabem. Num grupo de mais de 2 pessoas já começo a achar bem difícil falar qualquer coisa sobre a qual eu penso. Eu admiro pessoas que tem conhecimento, sabem se expressar e tem opinião concreta. Aquela pessoa que sabe o que pensa e por que pensa assim, e ainda te convence com (bons) argumentos.


O meu problema, é que eu não tenho opinião... sobre quase nada praticamente, eu simplesmente não acho coisa alguma sobre coisa nenhuma, porque afinal quando eu acho alguma coisa, uma semana depois eu já acho o contrário. E não ajuda muito quando eu fico contra mim mesma, criando argumentos contra as minhas opiniões.

Eu sou a minha maior inimiga.

E agora relendo tudo, o primeiro assunto tem, sim, tudo a ver com o segundo.
Eu sou louca.
Enfim.

O tempo te transforma.
Gradual.
mente.

"Sahara, é muito difícil crescer"
"mas por quê?"
"Adultos tem muita responsabilidade. A gente tem que trabalhar, cuidar de casa, cuidar de filho. Cê tem que se preocupar com muita coisa."
"Por quê?"
"Quando você crescer vai ver. Ser criança é muito bom. Criança não precisa pensar na vida, só brincar e ir pra escola..."
"Mentira, eu tenho que arrumar o meu quarto, e fazer tarefa de casa"
"Mas ser criança é muito mais fácil, a criança vê a vida com outros olhos, é inocente. Tudo é motivo pra rir, ficar contente."
Sim, eu sempre fui chata.

Desde esse dia decidi que não queria mais crescer.
Me convenci das verdades universais. Se bem me lembro, um dos motivos pelo qual eu mais queria ser adulta, era pra poder namorar. Vejam só.
Se existe um paraíso lá nossos espíritos voltarão a ser crianças, sem distinção de sexo, sem maldade de espécie alguma, sem real consciência.

Outro assunto aleatório que não tem a ver com o início do texto, como eu disse, eu começo com alguma coisa e passo pra outra. Eu sou louca. Se você chegou até aqui, me desculpa te fazer ler isso.




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